Mudança: medo ou desafio

Ano novo, vida nova…

… e com ele muitas resoluções e vontades renovadas. Os finais de ano são naturalmente épocas marcantes para o Homem, pois representam o fechar de um ciclo e início de outro. Há uma tendência natural para analisar o que aconteceu ao longo desse ano, coisas boas e menos boas, e há também a vontade de reavivar objetivos antigos (que não foram cumpridos), definir coisas novas que se querem pôr em prática, ou mesmo colocar em prática algumas ideias que até aí estavam apenas no papel ou na cabeça.

Estes votos tipicamente incluem passar mais tempo com a família, fazer mais desporto, ser promovido, ter uma alimentação mais saudável, ganhar mais dinheiro, dormir mais horas (ou melhor), ter melhor relacionamento como pai/mãe/ cônjuge/filhos, etc, lançar um livro ou um negócio, emigrar, entre outros, dependendo do esquema de prioridades para a pessoa em causa.

O desafio aparece quando damos conta que ao fim de 1 mês estas resoluções já foram por água abaixo, e depois volta a tristeza e frustração de sentirmos que não somos capazes de tomar as rédeas da nossa vida.

Definir objetivos

Diria que grande parte das pessoas são avessas à mudança, ou que pelo menos a sua potencial existência gera algum tipo de ansiedade ou angústia. A dificuldade de mudar pode ter muitas origens:

    • medo da mudança ou do desconhecido

    • receio do julgamento alheio

    • não saber o que se quer (ainda que se saiba o que não se quer)

    • dificuldade em estabelecer objetivos

    • não saber a quem pedir ajuda

    • não estabelecer corretamente a prioridade

    • não ter disciplina suficiente

Eu sei que gostaria que eu incluísse aqui o “não ter tempo”, mas não vou fazê-lo pois acredito que nunca existe falta de tempo. Pode é existir falta de prioridade Mesmo quando me dizem que não têm tempo para fazer exercício, eu até posso concordar, mas não diga que é por falta de tempo: simplesmente é mais importante ganhar dinheiro para pagar as contas e ter comida na mesa, do que investir 1hora por dia a treinar em casa ou num ginásio. Eu própria já tive fases destas na minha vida, em que fiz menos daquilo que gostaria de fazer, e está tudo certo. Prioridades 😊

Ainda assim, se passa o dia a trabalhar, certamente fará algum exercício: caminhar do carro para o trabalho e vice-versa, subir e descer escadas (se as houver), carregar coisas de um lado para outro, enfim, dependendo do seu contexto poderá passar a encarar as suas tarefas do dia a dia como exercício e assim transformar algo corriqueiro em exercício. Tudo depende da forma como olhamos e interpretamos as situações.

Mas antes de progredir, deixe-me voltar à questão do não ter tempo. Tipicamente sentimo-nos frustrados com o sentir que o tempo passa por nós e fizemos pouco daquilo que queríamos ter feito, e quando damos conta já estamos no final do dia, da semana, do mês…caramba, até do ano! Acredito, porque também o sinto, que a forma como falamos e como pensamos as coisas tem um impacto muito forte na forma como nos sentimos. Veja estas duas opções e sinta a diferença ao lê-las:

a) a vida está muito difícil, não estou a conseguir ter tempo para nada, trabalho imensas horas para ter dinheiro suficiente no final do mês, mal consigo ter a casa arrumada e cozinhar para me alimentar como deve ser, isto nunca mais acaba.

b) estou numa fase da minha vida que está a ser muito desafiante, estou a trabalhar imensas horas e acaba por não ser uma prioridade para mim cuidar da casa ou fazer exercício, mas é apenas uma fase e há-de melhorar.

Para mim a primeira frase (a) faz-me sentir que sou vítima das circunstâncias e que a vida simplesmente está a acontecer e eu não tenho qualquer poder ou impacto sobre ela. A segunda opção (b), faz-me sentir centrada, com poder pessoal, pois ainda que esteja a atravessar um momento desafiante na minha vida sei que é uma escolha minha (pela definição de prioridades) e que melhores tempos virão.

 

 

Sabendo que tudo tem os seus altos e baixos, bons e menos bons, e que todos os ciclos se fecham para se abrirem outros, pensemos agora numa fase em que o exercício irá começar a fazer parte da sua vida, ou que já faz: certamente poderá reconhecer os inúmeros benefícios na prática de exercício. Ora veja:

 

  • fortalece o sistema imunitário (que tão importante é para combater viroses e outras infecções)
  • aumenta e/ou mantém a massa muscular (evita a atrofia muscular típica do sedentarismo)
  • mantém a saúde óssea (evita osteopénia e osteoporose)
  • facilita a perda de peso (em conjunto com uma alimentação saudável)
  • normaliza a tensão arterial
  • ajuda a controlar a glicemia (excelente para todos, em particular para diabéticos)
  • melhora a qualidade de sono
  • diminui o stress (ou a percepção de stress)
  • liberta hormonas que proporcionam bem-estar e boa disposição (as tão faladas endorfina, a dopamina e a serotonina)

Espero que já esteja com vontade de calçar os ténis e ir fazer exercício, seja correr, caminhar, fazer pilates, jogar futebol, praticar yoga, jogar padel com os amigos, ou qualquer outra forma de se exercitar.

Se isto está a ser um desafio na sua vida, fale connosco, podemos ajudar. Temos sessões de coaching (com psicólogo), aulas de pilates clínico (individual e de grupo), de yoga (vinyasa flow) e até mesmo treino personalizado.

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