Será bom para mim fazer Pilates?
Como apareceu o Pilates?
Joseph Pilates nasceu na Alemanha em 1883 e enquanto adulto foi um saudável atleta praticante de diversas modalidades como o sky, mergulho, ginástica e boxe. No entanto, esta sua paixão pelo desporto e pelo ideal grego de saúde (corpo, mente e espírito) foi desenvolvida devido a, em criança, ter tido asma e febre reumática (Pilates Foundation, 2017).
Em 1912, Joseph foi para Inglaterra trabalhar como instrutor de defesa pessoal dos detectives da Scotland Yard. Por essa altura, no decorrer da I Guerra Mundial, foi internado, bem como muitos outros alemães. Durante o seu encarceramento, este inovador alemão treinou diversos dos internados no seu método de exercício, refinando as suas ideias e conceitos (Pilates Foundation, 2017).
Mais tarde, já em liberdade, Joseph voltou para a Alemanha onde o seu tipo de treino ganhou visibilidade entre os profissionais de dança. Até à altura da sua morte, o agora conhecido método Pilates, era designado por Contrologia. Joseph e a sua mulher, Clara, aplicaram e ensinaram estes exercícios ao longo da sua vida no seu estúdio “Body Conditioning Gym”, em Nova Iorque (Pilates Foundation, 2017).
Este método tem alguns princípios básicos, são eles: respiração, concentração, centro, controlo, precisão e fluidez. Um dos focos de Joseph Pilates era acima de tudo, aprender a respirar corretamente (Pilates Foundation, 2017).
O Pilates, de acordo com a Pilates Foundation (2017), apresenta como benefícios:
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- Melhorar a postura, a saúde e a capacidade física
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- Atingir objetivos físicos específicos e desafiar a capacidade atlética
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- Reabilitar após lesão, cirurgia ou doença
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- Retornar ao movimento
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- Expandir a noção corporal
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- Desenvolver confiança nas capacidades do corpo
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- Parecer melhor, sentir melhor, viver melhor
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- Viver uma vida mais feliz
A APPI, acrónimo de Australian Physiotherapy & Pilates Institute, foi co-criada em 1999 por Glenn Withers e Elisa Withers, ambos autores publicados e oradores internacionais, considerados experts na área do tratamento da coluna e do Pilates. Atualmente a APPI está presente em mais de 16 países, trabalhando em parceria com instituições amplamente reconhecidas como: English Institute of Sport, British Military, English National Ballet, NHS, British Bobsleigh Association, Cirque De Soleil, Clubes de futebol da Premier League – entre eles Manchester United, Tottenham, Chelsea e Arsenal (APPI, 2017).
Este instituto preconiza cinco elementos chave para o seu método de ensino do Pilates:
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- Respiração lateral (costelas inferiores)
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- Centro
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- Posicionamento do tórax
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- Posicionamento da omoplata
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- Posicionamento da cabeça e pescoço
Existem diferenças importantes entre o método original de Joseph Pilates e o método da APPI. Relativamente a este último podem destacar-se, por exemplo, a coluna neutra (em vez de imprinting), contração do transverso a 25% (em vez de contrações máximas em bracing), movimentos seletivos adaptados a cada condição clínica. Esta variabilidade deve-se à necessidade que os seus criadores, ambos fisioterapeutas, sentiram em adaptar o método a pessoas com dor, patologia e em fase de reabilitação.
A dor lombar é um dos principais motivos que leva as pessoas a procurarem o método , seja por iniciativa própria ou por conselho de outrem (médico, fisioterapeuta, treinador, ou mesmo da vizinha que também faz e se sente melhor). A dor foi, há alguns anos, considerada o quinto sinal vital. De acordo com Morone e Weiner (2013), este facto levou a que este sintoma e, por conseguinte, as queixas do paciente fossem mais valorizados em contexto clínico, no entanto, devido à subjetividade inerente à avaliação da dor, criou algumas dificuldades e até mesmo prescrição medicamentosa desnecessária.
Se pretende descobrir mais sobre este método e os conceitos inerentes venha experimentar uma aula de Pilates Clínico, e sinta por si mesmo os benefícios deste método de treino.
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Sara Costa
Fisioterapeuta e CEO Soul Bliss.